Seu Jorge é um personagem. Entre a favela do Gogó da Ema onde nasceu e cresceu e a sua participação em The Life Aquatic com Bill Murray vai um mundo e um mar de distância. Seu Jorge é larger than life, porque tem muita life. Quem o viu em Cidade de Deus conhece-o como actor; magnífico, como o filme. Quem o viu em The Life Aquatic sabe que é um dos corolários da bizarria do filme; interpretando as versões tropicais de temas de David Bowie é um Thin White Duke muito preto. Quem conhece os seus dois discos, mais um ao vivo com Ana Carolina, admira sobretudo a espontaneidade do seu ritmo, a invenção invejável da sua lírica popular e directa. Pois seu jorge foi para Montreux; em Montreux tocam os monstros consagrados, e os monstros, e os consagrados que não são monstros. Que ele tenha tocado lá em 2005 é sinal da perspicácia dos organizadores; que tenha aceite é bem-vindo e ficou registado uma intervenção borbulhante e emocionante (na eagle records).
De lá vos deixo a saudação inicial: "Aí rapazeada! Andei na Europa e Nova Iorque fazendo turnê do Samba Esporte Fino! e gravei meu novo CD CRU que estará disponível em breve!!! E mais, vamos melhorar o Brasil, caralho, a hora é essa."
Aí está. O artista apresentado.
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