Os Fruupp são uma raridade irlandesa dos anos 70, banda progressiva em terra de folk, que construiram um pequeno culto, não só na sua terra natal como na Grã-Bretanha.
São uma banda decididamente low profile, lançada pela Dawn Records, que não era definitivamente uma das majors inglesas nos anos 70.
Se há algo que se pode dizer deles é que nunca foram consensuais. Demasiado laid back para serem estrelas, demasiado experimentais para produzirem hits, demasiado ingénuos para produzirem temas bombásticos.
Há comentários que sublinham a total irrelevância da banda, como este
http://starling.rinet.ru/music/fruupp.htm, que, curiosamente, arruma a banda a um canto (uma estrela!), mas não deixa de lhe tecer os mais variados elogios. E faz comparações descabidas, como Yes e Genesis, o que demonstra a falta de discernimento musical do autor (no limite, todas as bandas de segunda linha dos anos 7 terão alguma coisa a ver com estes dois...). Como sempre acontece, conhecer muita coisa não é garantia de critério musical apurado. Muito frequentemente, as modas, os nomes sonantes e alguma excentricidade obtusa ditam mais que os ouvidos.
Resta aos Fruupp serem uma banda de culto minoritário, hoje como foram na sua época. Eu aprecio-lhes um sentido invulgar da melodia e uma sensibilidade para a orquestração dos temas que é frequentemente muito original e cria a sensação de "nunca ouvi isto". A que juntam um proficiência musical e multi-instrumentalidade admirável. Produziram obras menores, sobretudo no inicial "Future Legends", mas também muitos temas inolvidaveis, sobretudo no 2º "Seven Secrets" (que deveria constar como uma das grandes obras do som progressivo, IMHO), e no último "Modern Masquerades".
Destaques:
"Why", "Ghormenghast", "Janet Planet" e "Sheba's Song" de "Modern Masquerades"
Todo o "Seven Secrets"
"it's all up now", de "Prince of Heaven's Eyes"
Link no Progarchives: http://www.progarchives.com/artist.asp?id=140
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