Do novo "Gloss Drop". Tocaram esta em Paredes de Coura.
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22 agosto 2011
20 agosto 2011
Paredes de Coura, dia 3
Dia em cheio no festival.
A já proverbial canseira de fim-de-tarde impediu-me de ver os You Can't win Charlie Brown, que tanto queria ver, através de um artifício simples, que consistiu em manter-me amarrado à cama.
Mas estava a postos para os The Joy Formidable, power trio que deu um bom concerto de rock. Mais uma banda com uma cantora... As mulheres estão a tomar conta do rock? Quando são tambem guitarristas, como é o caso, até adquirem as posturas masculinas... O concerto acabou com os três membros a percutir violentamente a bateria, com a guitarra e o baixo em agonizante feedback sobre o palco...
De seguida, os Trail of Dead. Durante a actuação desta banda surgiu-me a questão do desaparecimento da censura como uma das maiores vias abertas para a explosão de fenómenos Musicais Explosivos Radicalmente Diferentes e Anarcas (M.E.R.D.A.). Os T.O.D. e mais 1.500 bandas de hard, heavy, progressive metal e alt metal podiam ser calmamente dizimados com um lança-chamas (méTodo que seguramente se enquadraria nos seus ambientes estéticos), resultando numa clara purificação da atmosfera (como se sabe, o cheiro dos M.E.R.D.A.é altamenTe poluente) e talvez abrindo o palco para músicos que saibam tocar.
Os T.O.D. Fizeram-me tambem reflectir que talvez a amplificação dos instrumentos não seja afinal uma coisa tão boa. Musicalmente indigentes, fizeram muito barulho. Os seus temas encadeiam-se sobre os mesmos dois ou três acordes, mas sem qualquer graça(pelo menos os Ramones tinham piada e sabiam rir-se de si próprios) e sem desenvolvimento, propulsionados por um matraquear insano da bateria e levados ao limite da amplificação... Urghhh...
Animado por estes pensamentos fascistoides, fiz-me a uma bifana.
Felizmente que a seguir entraram os Battles. Verdadeira surpresa para mim, este trio que publicou à pouco "Gloss Drop"encheu o palco com peças angulares, invenção e complexidade inteligente. Os três são poucos em palco para dar conta da complexidade técnica, de modo que introduziram um vocalista virtual, que cantou a partir de uma projecção na tela. Um ovo de colombo, que liberta os musicos para tocar. O melhor concerto do PC até agora.
Os Deerhunter deram um espectáculo de feedback e acidez, volume e melodias disfarçadas sob a melodia acre das guitarras. Nada a apontar.
Os Chapel club são uma banda alternativa dos anos 80 que se enganou na década. Tocam bem, mas não trazem novidades. Não deixa de ser curioso que uma forma de ser alternativo hoje em dia é soar igual à 30 anos atrás... Mas fará sentido hoje em dia falar de rock alternativo com o mesmo sentido dos 80 e 90? Uma discussão para iniciar noutra altura...
A surpresa da noite surgiu com os King of Convenience. O duo norueguês apresentou-se no palco, em versão acústica e deu um grande concerto, perante uma encosta repleta de gente. A sua mistura de housemartins com Everything but the girl e Simon & Garfunkel resultou em cheio num publico que em grande parte talvez não estivesse à espera de algo tão ligeiro. Erlend, a metade mais comunicativa do duo, esteve sempre a falar com o publico, ora dizendo "é sempre divertido tocar em Portugal", ora fazendo perguntas e contando histórias. Eirik também meteu a colherada, como para falar do passeio no rio e da sua crença de que nunca tinha estado tão perto do paraíso... Muçulmano, devido a quantidade de virgens no rio! É algo de que muitas bandas se esquecem, o público quer sentir que em cima do palco está alguém que comunica e tem personalidade. A meio do concerto entraram dois convidados, um violinista alemão e um baixista italiano. Enfim, os KC tiveram direito ao unico encore a que assisti no festival, que começou com ...Eirik a tocar o Corcovado e Erlend a acabar com... Trompete vocal!
Para acabar a noite (para mim, claro!), Marina and the Diamonds deram um bom concerto, muito centrado na figura carismatica da Marina, que agora anda loira e é senhora de uma voz potente e musical (abismos da memoria, mais do que a Kate Bush com que costuma ser comparada, lembrou-me mais a Sally Field...). um bom final de noite no palco principal.
Sabado acaba a festa...
A já proverbial canseira de fim-de-tarde impediu-me de ver os You Can't win Charlie Brown, que tanto queria ver, através de um artifício simples, que consistiu em manter-me amarrado à cama.
Mas estava a postos para os The Joy Formidable, power trio que deu um bom concerto de rock. Mais uma banda com uma cantora... As mulheres estão a tomar conta do rock? Quando são tambem guitarristas, como é o caso, até adquirem as posturas masculinas... O concerto acabou com os três membros a percutir violentamente a bateria, com a guitarra e o baixo em agonizante feedback sobre o palco...
De seguida, os Trail of Dead. Durante a actuação desta banda surgiu-me a questão do desaparecimento da censura como uma das maiores vias abertas para a explosão de fenómenos Musicais Explosivos Radicalmente Diferentes e Anarcas (M.E.R.D.A.). Os T.O.D. e mais 1.500 bandas de hard, heavy, progressive metal e alt metal podiam ser calmamente dizimados com um lança-chamas (méTodo que seguramente se enquadraria nos seus ambientes estéticos), resultando numa clara purificação da atmosfera (como se sabe, o cheiro dos M.E.R.D.A.é altamenTe poluente) e talvez abrindo o palco para músicos que saibam tocar.
Os T.O.D. Fizeram-me tambem reflectir que talvez a amplificação dos instrumentos não seja afinal uma coisa tão boa. Musicalmente indigentes, fizeram muito barulho. Os seus temas encadeiam-se sobre os mesmos dois ou três acordes, mas sem qualquer graça(pelo menos os Ramones tinham piada e sabiam rir-se de si próprios) e sem desenvolvimento, propulsionados por um matraquear insano da bateria e levados ao limite da amplificação... Urghhh...
Animado por estes pensamentos fascistoides, fiz-me a uma bifana.
Felizmente que a seguir entraram os Battles. Verdadeira surpresa para mim, este trio que publicou à pouco "Gloss Drop"encheu o palco com peças angulares, invenção e complexidade inteligente. Os três são poucos em palco para dar conta da complexidade técnica, de modo que introduziram um vocalista virtual, que cantou a partir de uma projecção na tela. Um ovo de colombo, que liberta os musicos para tocar. O melhor concerto do PC até agora.
Os Deerhunter deram um espectáculo de feedback e acidez, volume e melodias disfarçadas sob a melodia acre das guitarras. Nada a apontar.
Os Chapel club são uma banda alternativa dos anos 80 que se enganou na década. Tocam bem, mas não trazem novidades. Não deixa de ser curioso que uma forma de ser alternativo hoje em dia é soar igual à 30 anos atrás... Mas fará sentido hoje em dia falar de rock alternativo com o mesmo sentido dos 80 e 90? Uma discussão para iniciar noutra altura...
A surpresa da noite surgiu com os King of Convenience. O duo norueguês apresentou-se no palco, em versão acústica e deu um grande concerto, perante uma encosta repleta de gente. A sua mistura de housemartins com Everything but the girl e Simon & Garfunkel resultou em cheio num publico que em grande parte talvez não estivesse à espera de algo tão ligeiro. Erlend, a metade mais comunicativa do duo, esteve sempre a falar com o publico, ora dizendo "é sempre divertido tocar em Portugal", ora fazendo perguntas e contando histórias. Eirik também meteu a colherada, como para falar do passeio no rio e da sua crença de que nunca tinha estado tão perto do paraíso... Muçulmano, devido a quantidade de virgens no rio! É algo de que muitas bandas se esquecem, o público quer sentir que em cima do palco está alguém que comunica e tem personalidade. A meio do concerto entraram dois convidados, um violinista alemão e um baixista italiano. Enfim, os KC tiveram direito ao unico encore a que assisti no festival, que começou com ...Eirik a tocar o Corcovado e Erlend a acabar com... Trompete vocal!
Para acabar a noite (para mim, claro!), Marina and the Diamonds deram um bom concerto, muito centrado na figura carismatica da Marina, que agora anda loira e é senhora de uma voz potente e musical (abismos da memoria, mais do que a Kate Bush com que costuma ser comparada, lembrou-me mais a Sally Field...). um bom final de noite no palco principal.
Sabado acaba a festa...
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