Monsieur R. Águas

O perú descansa mas não dorme.

Sempre atento, vigia sobre a orbe musical e recolhe informação. Por motivos de sigilo e outros, que podem ser confundidos com preguiça, nem sempre emite o seu pio.

Hoje, porém, ele prescruta sobre as linhas do horizonte para avisar os mais desatentos sobre a digressão de Roger Waters, em tempos do antigo regime conhecido como Rogério Águas, o qual revisita, entre murmúrios e tergiversações avulsas sobre a oportunidade do facto, a última obra-prima do grupo assaz desfeito à época, os Pink Floyd, a qual titula como "The Wall". Porquê, não resulta claro imediatamente e as explicações não convencem, mas, como dizem os ingleses, what the fuck.

Ele visita Portugal em Março, como as águas (de Março, portanto, o que lhe calha bem a ele, Waters, eh eh eh). Embora os bilhetes já estejam no armário, não sei as datas. Mas é fácil saber, para quem queira.

Releva para a consideração do evento e a decisão de o celebrar a informação, quiçà errónea em face dos factos futuros, de que Roger já viu muita água passar debaixo das pontes e considera, que, talvez, esta será a sua última digressão. Acresce, e não digam que não vos avisei, que Roger tem deixado dicas escritas de que gostaria de ter o Dave G. neste digressão. Ele deu-lhe uma rotunda nega, mas, anuncia a insuspeita Uncut na última edição, que Dave terá, por ocasião da participação conjunta (!, facto insuspeitável ainda há pouco tempo), numa gala de beneficência, e a troco da participação de Roger no tema "to know him is to love him" (duplo !!), prometido, em face da relutância de Roger, que retribuiria o favor com um "Comfortably Numb" num espectáculo da próxima digressão. A realizar-se, não será a de Lisboa, mas, quem sabe, talvez o humor mude... Este século é pródigo em infinitos periódicos.

Não digam que eu não disse, porque eu disse.

Propositadamente, a imagem não tem nada a ver com o presente. Mas, afinal, o que é que tem?