O peru voltou da sua hibernação estival. E tem sede... sede de novos sons!
A chamada rentrée é precisamente o momento de descongelação mental que se segue ao torpor flamejante de Agosto...
Roky Erickson dá o mote para as novidades escolares...
É o regresso de um fantasma. Roky é um músico mítico, que reaparece a espaços, sempre que o seu estado mental o permite. Desde os finais dos anos sessenta envolvido com a justiça e as instituições de saúde mental, já ninguém esperava que voltasse com uma obra inspiradora. Dizem as melhores fontes que este é o seu melhor disco a solo de sempre. Dizem... porque o peru ainda não lhe pôs o ouvido. Como muito bem diz o inefável Honorato Pimentel, crítico de sempre da portuguesa "Audio" na edição de Setembro, que leio sempre atentamente, este é um regresso feliz, quase milagroso, para quem parecia estar para sempre perdido nos abismos da loucura. Ou não tivesse Roky tentado registar-se como natural de Marte...
Roky foi o lider dos 13th Floor Elevators, uma das bandas que em finais de 60 melhor corporizou o rock psicadélico, ou melhor o rock lisérgico, dadas o permanente estado alterado dos seus membros, que, mesmo num estado altamente repressor como o Texas, cultivavam a "elevação mental" e a passagem a outros estados através de LSD e afins. O que valeu a Roky fritar os miolos e a determinada altura ser internado.
O peru lê por aí que a composição é inspirada e que a voz de RE está no seu melhor. A obra muito deve à dedicação dos seus conterrâneos Okkervil River, que tocam com ele. Há que verificar...
Eis Roky, nos anos sessenta e hoje...
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