"Não Jeff, tu não estás só (NT: adapação do verso da canção de Brel , "Jef"). Nós somos tantos em todo o mundo a apreciar cada uma das tuas notas. Tu és o nosso Jimi Hendrix vivo, o nosso Miles da guitarra. Um milagre permanente. Não te disse aquando da nossa entrevista: há numerosos fãs de jazz entre a multitude de apreciadores teus. Eles conhecem de cor o teu já clássico "Live at Ronnie Scott's", por exemplo. No dia 11 de Outubro, no Olympia, saímos do teu concerto com a cabeça nas estrelas. Tu reviraste-nos os tímpanos, e neste mini-cd ao vivo, igualmente disponível em versão i-tunes (e ainda por cima com as imagens), reencontramos oito dos temas (não é suficiente, Jeff, queríamos mais), em versões muito próximas das que tu interpretaste nessa inolvidável noite parisiense - o teu show era milimétrico, mas tu conseguiste, no entanto surpreender-nos em cada instante. Hammerhead (muito diferente da versão de estúdio), Brush with the blues (um standard), A Day in the Life (o teu grupo aqui está no topo), People get ready (genial, mesmo sem Rod Stewartl), etc, etc: a tua execução é sublimemente depurada, o teu estilo está para além dos estilos. Tu és um rocker malicioso que toca com o espírito de um jazzman poético. Tu tens o som de guitarra eléctica mais belo do Mundo. É verdade que não és um jovenzinho, e os teus fãs têm quase todos cabelos brancos, mas tu tocas como um garoto sobredotado e os teus solos estão banhados por uma espécie de luz divina. Bolas, tu és um genio da guitarra - eu sei que isto te faz rir, tu que te comparas de forma tão desprezível a Django ou a Les Paul, mas crê-me: é verdade. E depois, tu enervas-mo no final: de cada vez que tocas Corpus Christi Carol, a costureirinha que está adormecida em mim acorda e começa a chorar."
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