Abstendo-me de falar sobre outros projetos de Merritt (Gothic
Archies, 6ths, entre diferentes manifestações identicamente requintadas e cáusticas,
por vezes), de que não tenho experiência sensível mas que granjearam reconhecimento
da crítica e manifestos elogios do Lou Reed, entre outras figuras do meio, considero
que os cinco álbuns dos Magnetic Fields anteriores a “69 Love Songs”, bem como
os que se lhe seguiram, estão longe da riqueza e genialidade deste triplo álbum,
sendo, por comparação, trabalhos inferiores.
Estávamos no início do ano de 2001, quando, à semelhança do
que me havia acontecido uns anos antes com o “OK Computer”, dei por mim a percorrer
as lojas à cata de exemplares do “69 Love Songs”, com o intuito de os oferecer
a amigos e familiares – ninguém podia ficar na cegueira da ignorância! Havia que
divulgar a cura (aconteceu-me o mesmo em 2009, com o admirável “Veckatimest”
dos Grizzly Bear*)…
Que tem este triplo álbum de especial? O melhor é mesmo
ouvir este surpreendente sortido de sessenta e nove pequenas canções, estilisticamente
muito livres e arejadas (algumas são mesmo muito bonitas), que incorporam um
todo coerente e único… verdadeiramente extraordinário!
*ver
referência a “Veckatimest” no Peru: http://peruhabilidoso.blogspot.pt/2010/02/contrastar-com-pobreza-do-ano-de-2008.html
Sem comentários:
Enviar um comentário