09 agosto 2012

69

Há quem não aprecie os Magnetic Fields, nem se encante com a voz do fundador da banda, Stephen Merritt, um irreverente e criativo filho da geração hippie. A condição não me choca especialmente, mas…

Abstendo-me de falar sobre outros projetos de Merritt (Gothic Archies, 6ths, entre diferentes manifestações identicamente requintadas e cáusticas, por vezes), de que não tenho experiência sensível mas que granjearam reconhecimento da crítica e manifestos elogios do Lou Reed, entre outras figuras do meio, considero que os cinco álbuns dos Magnetic Fields anteriores a “69 Love Songs”, bem como os que se lhe seguiram, estão longe da riqueza e genialidade deste triplo álbum, sendo, por comparação, trabalhos inferiores.

Estávamos no início do ano de 2001, quando, à semelhança do que me havia acontecido uns anos antes com o “OK Computer”, dei por mim a percorrer as lojas à cata de exemplares do “69 Love Songs”, com o intuito de os oferecer a amigos e familiares – ninguém podia ficar na cegueira da ignorância! Havia que divulgar a cura (aconteceu-me o mesmo em 2009, com o admirável “Veckatimest” dos Grizzly Bear*)…

Que tem este triplo álbum de especial? O melhor é mesmo ouvir este surpreendente sortido de sessenta e nove pequenas canções, estilisticamente muito livres e arejadas (algumas são mesmo muito bonitas), que incorporam um todo coerente e único… verdadeiramente extraordinário!  


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