Os Squackett têm chamado a atenção por a) terem um nome ridículo b) esse nome resultar da junção de duas vacas sagradas do progressivo inglês, Steve Hackett e Chris Squire. Steve Hackett tem uma prolífica carreira, entre formações várias e uma carreira a solo, pelo que é redutor dizer que é "o guitarrista dos Genesis", embora tenha sido esse "posto" que lhe deu fama. Já Chris Squire é o baixista de sempre dos Yes, bastante parco em gravações a solo, embora, logo no primeiro registo em nome próprio tenha arrancado críticas justamente muito positivas (se não estou em erro, e hoje estou preguiçoso, em 1974, ou 75, com "Fish Out of Water").
Portanto, pelas razões que são o que menos interessa, juntaram-se e fizeram uma obra, "A Life Within a Day", que tem recebido honras devidas ao estatuto dos seus autores e recebeu até um prémio da única revista que publicação regular que eu conheço dedicada ao mundo do rock progressivo, a Prog, edição da Classic Rock.
E vamos ao que interessa: é bom? Nim. No seu pior, são uns Asia requentados, e isso é muito mau. No seu melhor, produzem algumas baladas interessantes (Aliens, Perfect Love Song). Não está em causa a mestria, mas sim a composição, o sentido de risco e a relevância. Isto é rock bundão, daquele que pisa e repisa clichés de há 30-40 anos. Ouve-se, aprecia-se o apontamento ocasional, mas é para guardar na prateleira.
É por isso que de todo aprecio sobretudo as duas baladas, que ficam no ouvido.
A nova música desafiante, inovadora, não passa por aqui. Passa por Owen Pallet, Sufjan Stevens, Radiohead, Grizzly Bear, Efterklang, Dirty Projectors... e tantos outros. Deixemos dormir os avozinhos...
O que tem sido mais destacado e que dá nome ao álbum.
Para mim, o melhor reside em temas mais simples, mais melódicos. Neste "Aliens", a temática sci-fi é evidente...
Ou este "The Perfect Love Song", que fecha o álbum:
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